São 16:00 da tarde de uma quinta-feira. Não uma quinta-feira qualquer, mas sim, a minha quinta. Ou melhor, a nossa. Depois de três eternos meses sem sua presença, meu coração palpita de vontade de ver seu sorriso, de contemplar seus olhos castanhos mel, e me entregar ao seu abraço. Olha eu reclamava tanto das suas manias, principalmente aquela de entrar com o sapato todo sujo em casa, e nunca estender a toalha no varal depois do banho, mas agora que vi como pode ser sem graça a vida sem suas manias pra suportar, sei que posso conviver a seu lado pro resto da vida.
Suas imperfeiçoes junto com as minhas formam um belo par. Uma bagunça bonita de se ver, você diria.
É terrivelmente triste olhar pela janela e saber que você não vai chegar por trás, me abraçar e repousar sua cabeça em meu ombro. O céu estrelado não faz muito sentido se você não está por perto pra contar as estrelas comigo. E nossa, como é doloroso escutar a nossa música todos os dias e não ouvir seu barítono acompanhando baixinho cada nota. O dia-a-dia não faz sentido sem você aqui pra bagunçar a cozinha, mexer nos meus papeis, e soltar meu cabelo. Falar ao telefone só me faz sentir mais saudades suas. Porque você não faz falta, você é a falta.
Agora são 16:25 e depois de despejar toda essa bagagem no bloco de notas do meu celular, tento não pensar que só falta 20 minutos pra te ver. O aeroporto se torna um espelho de repente, e do nada me vejo analisando meu look pela milésima vez. Vestido florido-branco-com rosas vermelhas. Quando o vi em um cabide qualquer na Renner, pensei em como você gostaria de me ver vestida com ele. Você adora me presentar com rosas vermelhas. De acordo com sua teoria vermelho me deixa uma graça, pois realça ainda mais meu rubor quando estou envergonhada. Bem, apesar de achar isso algo totalmente bizarro, comprei e já estou usando. Todavia, agora não sei se estou vestida bem como deveria. Minha sapatilha nude é um pouco sem graça, não? Argh! Afasto esse pensamento porque sei que esse julgamento todo é sinal de uma coisa: ansiedade.
Agora são 16:25 e depois de despejar toda essa bagagem no bloco de notas do meu celular, tento não pensar que só falta 20 minutos pra te ver. O aeroporto se torna um espelho de repente, e do nada me vejo analisando meu look pela milésima vez. Vestido florido-branco-com rosas vermelhas. Quando o vi em um cabide qualquer na Renner, pensei em como você gostaria de me ver vestida com ele. Você adora me presentar com rosas vermelhas. De acordo com sua teoria vermelho me deixa uma graça, pois realça ainda mais meu rubor quando estou envergonhada. Bem, apesar de achar isso algo totalmente bizarro, comprei e já estou usando. Todavia, agora não sei se estou vestida bem como deveria. Minha sapatilha nude é um pouco sem graça, não? Argh! Afasto esse pensamento porque sei que esse julgamento todo é sinal de uma coisa: ansiedade.
São 16:45, você pontualmente me envia uma mensagem pelo whats, com as palavras separadas de uma forma que me deixa extremamente irritada: Eu. Cheguei. Só que em vez de sair um xingamento comum, sinto apenas fluir um sorriso bobo do meu rosto. A ideia de não parecer tão feliz cai por terra. Fecho os olhos por cinco segundos e oro baixinho pra que nosso sentimento seja eterno, pra que dure.
Você aparece, está vestido com aquela camisa podre-velha-azul-clara que eu amo. Sua mochila parece pesada escorada em seu ombro esquerdo, e eu não consigo tirar meus olhos de você. Nem ao menos tento disfarçar. Quando finalmente você me vê, sorri. O sorriso mais lindo que já vi. O sorriso que a mim pertence. O mesmo que eu desejo ver todas as manhãs quando acordar cedinho. Corro em sua direção, você me abraça, eu te abraço, você me beija de um jeito tímido, logo após de um jeito intenso. Me afasto pouco centímetros do seu ombro em busca de seu ouvido, e antes que você me permita sussurrar o que tinha em mente, escuto:
Você aparece, está vestido com aquela camisa podre-velha-azul-clara que eu amo. Sua mochila parece pesada escorada em seu ombro esquerdo, e eu não consigo tirar meus olhos de você. Nem ao menos tento disfarçar. Quando finalmente você me vê, sorri. O sorriso mais lindo que já vi. O sorriso que a mim pertence. O mesmo que eu desejo ver todas as manhãs quando acordar cedinho. Corro em sua direção, você me abraça, eu te abraço, você me beija de um jeito tímido, logo após de um jeito intenso. Me afasto pouco centímetros do seu ombro em busca de seu ouvido, e antes que você me permita sussurrar o que tinha em mente, escuto:
- Será que você me deixa bagunçar tudo de novo?
A resposta foi mais um longo beijo.
A resposta foi mais um longo beijo.
Que texto mais envolvente. Deu pra imaginar cada cena, detalhe. Você escreve de uma forma tão bela e instigante. É tão bom viver um amor assim, amar e ser amado. Não tem nada melhor do que isso.
ResponderExcluirBeijos flor
http://desconstruindoocaos.blogspot.com.br/
Caramba, Ellenzinha.
ResponderExcluirDo começo ao fim o texto me prendeu, muito linda a forma como você se expressa através das palavras. Amo seus textos e você sabe muito bem disso, mas esse em questão tá incrível. Até mais. http://realidadecaotica.blogspot.com.br/
Ounww, que fofo!
ResponderExcluirbyanak.blogspot.com.br
Manias! Quando a gente está junto de uma pessoa, elas são os principais motivos de nossas brigas. Claro, as brigas acabam bem, tudo fica certo. Mas aí vem outra mania e briga de novo. Mania nas roupas, nas atitudes, até nos cestos...
ResponderExcluirE depois a gente percebe que, o fato da gente reparar e implicar tanto com a mania da pessoa é porque, na verdade, a gente gosta, a gente ama.
E, afinal, depois que a pessoa for embora, lembraremos dela pelas manias... É do que mais sentiremos saudades...
Adorei a sua escrita. É poesia em forma de prosa, tudo corre tão bem e suave, sendo ao mesmo tempo tão melancólico... Parabéns!!! Você é uma ótima escritora!!
Abraços,
Diego.
pecasdeoito.blogspot.com.br
LINDO, LINDO, LINDO, LINDO! Eu amei, imaginei tudinho, fluiu bem demais ♥ ♥
ResponderExcluirhttp://listadasnuvens.blogspot.com/
Você escreve de maneira bastante poética e isso é muito lindo! No começo pensei que fosse um texto sobre separação, já estava agoniada, e fiquei rindo quando você surpreendeu com a história do aeroporto. Descreveu bem como é amar! Mil parabéns :)
ResponderExcluirUm super beijo.
http://www.luzcameramoda.com
Oi Ellen!! Mais um texto lindo que me envolveu... Adoro a sua escrita e o jeito que os textos nos fazem querer ler e depois querer mais.
ResponderExcluirBeijos.
http://maniasdeumaguria.blogspot.com.br/