Armadilhas da mente

Título: Armadilhas da mente

Autor: Augusto Cury
ISBN-9788580411614
Número de páginas: 256

Camille é uma mulher bela, rica e brilhante, capaz de deixar as pessoas impressionadas com sua habilidade de debater e argumentar. Mas seus diplomas e seu intelecto não foram suficientes para evitar que se tornasse vítima de suas próprias emoções. Casada com o banqueiro Marco Túlio, Camille sempre foi fechada em seu próprio mundo. Crítica, obsessiva, pessimista, não gostava de ser confrontada e não se curvava diante de ninguém, nem de psiquiatras ou psicólogos. Não concluía nenhum tratamento. Vendo a depressão, as manias e as fobias de sua esposa se agravarem, Marco Túlio resolve comprar uma linda fazenda para que ela possa se afastar do estresse da cidade, respirar ar puro, se reconectar com a natureza e, quem sabe, com ela mesma. 

Armadilhas da mente foi lançado esse ano pela editora Arqueiro. Que fez um ótimo trabalho gráfico. O livro é lindo. E por dentro super organizado. E eu, como leitora voraz e fã do Augusto Cury precisava comprar! Posso dizer com toda a segurança do mundo, que apesar dos livros do "Tio Cury" sempre tratarem do assunto funcionamento da mente voltado para a inteligência multifocal. Ele sempre tem uma história mega interessante pra contar e que envolve conhecimentos que servem pra vida toda.

Temos como personagem principal: Camille, uma mulher fascinante. Leitora, escritora, e pós-doutorada casada com o riquíssimo empresário, Marco Túlio. Apesar de ter tudo para viver uma vida perfeita, Camille, é exigente, crítica e pessimista. E nunca admite perder um diálogo. Ela se diz estar certa sempre. E com seu extenso conhecimento consegue deixar atônito qualquer um que se atreva questioná-la. Até mesmo os psiquiatras. Que acreditam que ela era psicótica, singularmente louca. Camille, já tinha vivido bons anos com o marido. Mas, nós últimos tempos começou a desconfiar da fidelidade do mesmo. E a ver e ouvir coisas que não existiam. Procurando uma solução para o casamento que estava desmoronando e preocupado com a saúde de sua esposa, Marco Túlio compra a fazenda Monte Belo. Na esperança que ao tomar novos ares, Camille possa melhorar. E é nessa mesma fazenda que ela conhece o empregado,  Zenão do Riso. E é a parti daí que a história começa a desenrolar e os demais conflitos não permitem que os olhos se afastam do livro.

Falando sinceramente, esse foi um dos livros mais complexos que li do Augusto Cury. Os diálogos de Camille com os psiquiatras não são de fácil compreensão. Desconfio, (eu quis dizer tenho certeza) que meu conhecimento seja muito limitado na área da psicologia e filosofia. Por este motivo tenha me embaralhado em tantas teorias apresentadas durante todo o livro. Mas, isso não me fez desistir. Pelo contrário, a sede que senti por toda a sabedoria da personagem me faz abrir o livro até hoje. Só pra nunca esquecer de tudo que adquiri lendo.

Recomendo muito! Por mais que Camille, seja vista com olhos preconceituosos e que seja chamada de louca por diversos psiquiatras. Não é errôneo dizer que cada um de nós temos uma de suas características. Seja o estresse, medo, insegurança... Existem sempre algo que nos faz paralisar. E o conhecimento que absorvermos terminado a leitura é surreal. Não custa nada de vem em quando nós pusermos a aprender um pouquinho mais sobre na nossa mente não é? E o que fazer para que nós possamos não cair nas suas armadilhas. Mas, sim administrá-las com o total controle. A narrativa do Cury é viciante e junto com um emaranhado de teorias não teria como o livro não ser perfeito. Por fim, esse foi um dos livros que eu mais amei na vida. Aprendi muito. E me surpreendi também. Leiam!

Nós nos tornamos uma história: ganhos inesquecíveis, perdas irreparáveis. A história engravida as tempestades mentais. As frustrações escrevem parágrafos; as perdas, capítulos; as mágoas, textos. Tênues gotas tornam-se torrentes, diminutas poças geram oceanos. Sofremos pelo futuro.

A mente mente. A mente é uma das maiores pregadoras de peças.

Eu tenho dinheiro, mas ele é que é feliz. Não preciso trabalhar, mas é ele que descansa. Tenho meios para voar, mas é ele que se aventura. Tenho cama, mas é ele que dorme. Quem é rico? Se chove, ele se alegra; se faz sol, o suor o anima. Diga-me, quem é rico?

P.S.: Perdão pela resenha, enorme! Hehe

Quem aí ficou com vontade de ler? Alguém que já leu?

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